Higiene do Sono

Os distúrbios do sono em crianças são comuns e podem ocorrer em diversas idades. É fundamental que o pediatra esteja atento para identificá-los e, principalmente, preparado para orientar a família sobre essas questões e como podem ser prevenidas, já que trazem grande impacto à dinâmica familiar.

A higiene do sono é utilizada para organizar o horário e os rituais de sono, ajudando também a evitar ou minimizar as parassonias, como sonambulismo, terror noturno, entre outros.

Definimos Higiene do Sono como uma série de comportamentos, condições ambientais e outros fatores relacionados ao sono que podem afetar seu início e manutenção.

Algumas dicas importantes:

  1. Manter uma rotina para os cochilos diurnos das crianças que ainda necessitam, evitando os cochilos no final da tarde.
  2. Colocar a criança ainda acordada em sua cama, indicando que é hora de dormir e todo ambiente deverá ser calmo e tranquilo para induzir o sono e ganhar sua confiança e segurança.
  3. Criar uma rotina para a hora de dormir, na qual contenha um momento bom e agradável com os pais (leituras, música calma, etc.), sem muitos estímulos.
  4. Criar um ambiente propício ao sono e recompensar as noites bem dormidas.
  5. Manter o mesmo horário para dormir e acordar todos os dias, incluindo finais de semana e feriados (horários regulares).
  6. Evitar bebidas (chocolate, refrigerante, chá mate ou cafeinados) e medicações que contenham estimulantes próximas à hora de dormir.
  7. Tentar não deixar a criança adormecer com mamadeiras, leite, chás ou vendo televisão ou em outro lugar que não seja sua própria cama.
  8. Não alimentar a criança durante a noite.
  9. Evitar levar a criança para cama dos pais ou outros lugares para dormir ou acalmar-se.
  10. Se a criança acordar à noite para ir ao banheiro ou por causa de pesadelos, permanecer no quarto dela até se acalmar e avisá-la que retornará para o seu quarto, quando ela adormecer.
  11. Quando lidar com a criança durante a noite, usar uma luz fraca, falar baixo e ser breve o suficiente, sem estimulá-la.

Matéria por: Dra. Stephanie Massaro